segunda-feira, agosto 22, 2016

Gorjeio quebrado

Meus pés sentem a terra
e se enterram na vida
como raízes de pensamento.

Minhas mãos, gaivotas caçadoras,
rasgam o azul amarrotado
do oceano de vocábulos em movimento.

Coração, gorjeio quebrado
em canto nem sempre sensato
perdido na névoa de um lamento.


(poetisa boliviana que hoje faz 67 anos)

Sem comentários: