quinta-feira, julho 25, 2019

Mais uma vez fui censurado no Facebook com a alegação de que

"Esta publicação desrespeita os nossos Padrões da Comunidade sobre nudez ou atividade sexual"

Alguém consegue explicar-me onde está o mal? 

quarta-feira, julho 17, 2019

Depois de dois anos e meio de ausência e de ter estado por duas vezes do "outro" lado, do qual fui trazido de volta pelo Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, regresso aqui para denunciar veementemente  a discriminação de que fui vítima por parte de Facebook, que me inibiu de publicar, comentar ou até colocar um simples "gosto", alegando que " a tua publicação desrespeita os nossos padrões da comunidade"

Tratava-se apenas de uma tira de humor sem qualquer ofensa para ninguém (na minha modesta opinião), que eu tinha retirado do próprio Facebook. Também me inibiram de manifestar o meu protesto através dos meios habituais nestes casos.


Comparados com esta "tira", que reproduzo abaixo para vossa avaliação, quaisquer vídeos da Madona ou da Miley Cyrus seriam impublicáveis no Facebook!


Assim estamos nós, sujeitos aos célebres algoritmos do sr. 
Mark Zuckerberg e companhia.


quinta-feira, dezembro 22, 2016

quarta-feira, dezembro 21, 2016


Shaun Morgan faz hoje 38 anos

Paco de Lucía faria hoje 69 anos

Carlos do Carmo faz hoje 77 anos
Eu já não choro

Eu já não choro
excepto por aquilo que algum dia
me fez chorar:
os aviões que proclamavam
que tudo tinha terminado;
a estação amarela diluída na noite
na qual coincidiam, somente por uns instantes,
o comboio que partia para o norte
e o que partia para o oeste
e que jamais voltariam a encontrar-se;
e a voz de Juan Rulfo: “diz-lhes que não me matem”;
e a malaguenha canária;
e a menina de Lisboa
que me pediu um “beijinho”.

Eu já não choro.
Nem sequer quando recordo
o que ainda me falta chorar.



(poeta madrileno falecido faz hoje 10 anos)

sábado, dezembro 17, 2016


Sérgio Borges faleceu faz hoje 5 anos

Cesária Évora faleceu faz hoje 5 anos

Ryan Key faz hoje 37 anos
Prece

Num mundo onde grassa a corrupção,
obrigado, Senhor,
pelos que detêm o poder
e, ainda, lutam para continuarem honestos.
Por aqueles que não põem a honradez à venda,
seja à vista, a prazo, pré-datado, no cartão...
Num mundo de gananciosos,
soberbos, egoístas,
Te agradecemos, Senhor,
pelos desapegados,
pelos amigos sinceros,
pelos que praticam a caridade,
pelos humildes, pelas almas puras,
pelo povo simples.
Num caldeirão de desesperanças,
grato, Senhor,
pelos que ainda têm a coragem de esperar.
Num mundo de iconolatria,
materialismo, exibicionismo,
obrigado, Senhor,
pelos espiritualistas,
pelos que meditam,
por aqueles a quem amamos,
e por aqueles que nos amam,
e, sobretudo,
pelos que ainda acreditam.
Num mundo onde muitos
só pensam no estômago,
obrigado, Senhor,
pelos que ainda possuem um coração.
Numa era de guerras, carnificinas,
ódios descabidos, torpes vinganças,
como Te agradecer, Senhor,
pelas famílias, pelas boas lembranças,
por um sorriso franco, pelos pássaros,
pelas nossas crianças?
Num mundo de ódios raciais, de lutas religiosas,
de inconcebíveis preconceitos e constantes desavenças,
graças Te damos, Senhor,
pelos amigos de todas as idades, de todas as raças,
de todas cores e de todas as crenças.
Num mundo de governos destrambelhados,
de discursos vãos, caras-de-pau,
arautos funéreos, falsos profetas,
valores às avessas,
não sabemos como Te agradecer, Senhor,
pelos que ainda mantêm a ética,
cultivam a verdade,
cumprem suas promessas.
Puxa, quase esqueço!
E obrigado, também, pelos poetas...



(escritor gaúcho que hoje faz 81 anos de idade)

quinta-feira, dezembro 15, 2016


Brooke Fraser faz hoje 33 anos

Najoua Belyzel faz hoje 35 anos

Sergio Pizzorno faz hoje 36 anos
Parâmetro

Uma tarde amarela noroeste
modo nosso de amar lembrando a estrada,
que passa sempre a leste
de urna tarde espantada,
de urna tarde amarela soterrada
numa caixa de pêssegos, madura,
uma janela madura de bandeiras abortas
para o mar, e frias;

encarcerada pelo verdoenga de pêssegos
e açúcar cristalizado sobre a polpa
dos verdes apanhados na chácara. Setembro.
Ah, setembro, setembro
essa menina e teus jardins sobre a cabeça
castanha e cacheada, numa tarde amarela
de vapores entrando a barra, de sinos
batendo, que reconheço de outra época,

do espanto de outras torres, de outra tarde espantada,
que amarravas no inverno embora outubro:
esse rapaz que atravessa o corporal de pêssegos
de urna tarde amarela,
como se fincasse a cisma de uma lança
no rosto da palavra genial
e seu ramo de rosas, sua neblina.


(poeta catarinense nascido faz hoje 94 anos)